ANIVERSÁRIO DA PARÓQUIA

Aniversário da Paróquia no próximo dia 2 de Fevereiro. Celebração às 19h30 na Igreja. Jantar no Centro Paroquial. Inscrições para o jantar na portaria do Convento (Telf. 226165760).

Madrid 2011

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

5ª-feira da semana III do Advento - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Mateus 1,18-24) feito por

Papa Bento XVI

(copyright trad. © L'Osservatore Romano)

São José, modelo de escuta

O silêncio de São José é um silêncio pleno de contemplação do mistério de Deus, numa atitude de disponibilidade total à vontade divina. Por outras palavras, o silêncio de São José não revela um vazio interior, pelo contrário revela a penitude da fé que transporta no seu coração e que guia cada um dos seus pensamentos e cada uma das suas acções. Um silêncio que leva José, em união com Maria, a guardar a Palavra de Deus conhecida através das Sagradas Escrituras, confrontando-o permanentemente com a vida de Jesus; um silêncio tecido na oração constante, oração de louvor ao Senhor, de adoração da Sua Vontade e de confiança sem reservas na providência.

Deixemo-nos «contaminar» pelo silêncio de S. José! Precisamos tanto, neste mundo tantas vezes demasiado barulhento, que não favorece o recolhimento e a escuta da voz de Deus. Neste tempo de preparação do Natal, cultivemos o recolhimento interior para acolhermos e conservarmos Jesus nas nossas vidas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

4ª-feira da semana III do Advento - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Mateus 1,1-17) feito por

Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino

De Divinis Officiis, 3, 18 (trad. de Lubac, Catholicisme, p. 333)

"Na tua posteridade serão abençoadas todas as nações da Terra" (Gn 28,14)

Em São Mateus lemos a genealogia de Cristo. Este costume tradicional da Santa Igreja tem bons e misteriosos motivos. Verdadeirmente este texto apresenta-nos a escada que Jacob viu de noite, durante o seu sono(Gn 28,11s). Apoiado no alto dessa escada, que tocava os céus, o Senhor apareceu a Jacob e prometeu-lhe a herança da terra. [...] Ora, sabemos que «a sua vinda é-nos apresentada de forma simbólica» (1Co 10,11). Então o que prefigura essa escada, senão a linhagem da qual Jesus deveria nascer, linhagem que o santo evangelista, com um sopro divino, faz subir, de maneira que chegasse a Jesus passando por José? E a este José o Senhor confiou o Menino. Pela «Porta do Céu» (Gn 28,17)[...], quer dizer, pela bem-aventurada Virgem, sai Nosso senhor a chorar, feito criança por nós. [...] No seu sono, Jacob ouviu que o Senhor lhe dizia: «Na tua posteridade serão abençoadas todas as nações da terra» e este facto realizou-se com o nascimento de Cristo.

Era o que o evangelista tinha em vista quando,na genealogia de Jesus, inseriu Rahab, a prostituta, e Rute, a moabita; porque efectivamente viu que Cristo não encarnou apenas para os judeus, mas também para os pagãos, Ele que Se dignou receber os anciãos consagrados entre os pagãos. Por conseguinte, vindos dos dois povos, judeus e pagãos, como os dois lados da escada, os anciãos colocados em diferentes degraus recebem Cristo Senhor que desce do alto dos céus. E todos os santos anjos descem e sobem por esta escada, por onde os eleitos são descidos, para receberem humildemente a fé na encarnação do Senhor, sendo depois elevados a fim de contemplarem a glória da Sua divindade.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

6ª-feira da semana II do Advento - reflexão...

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Clemente de Alexandria (150-cerca 215), teólogo

João Baptista convida-nos à salvação

Não é estranho, meus amigos, que Deus nos exorte sempre à virtude, e que nos furtemos a esse socorro, que devolvamos a salvação? Não nos convida João também à salvação, não é todo ele uma voz que nos exorta? Perguntemos-lhe pois: «Quem és tu entre os homens, e donde vens?» Ele não dirá que é Elias e negará que é o Cristo, mas confessará que é uma voz que grita no deserto. (Jo 1,20s). Quem é pois João? Para tomar uma imagem, permiti-me dizer: uma voz do Verbo, da Palavra de Deus, que nos exorta gritando no deserto...: »Aplanai os caminhos do Senhor» (Mt 1,3). João é um percursor e a sua voz é precursora da Palavra de Deus, voz que encoraja e predispõe à salvação, voz que nos exorta a procurar a herança do céu.

Graças a esta voz «a mulher estéril e desamparada não será mais sem filhos» (Is 54,1). A voz de um anjo tinha-me anunciado esta gravidez; essa voz era também um percursor do Senhor, que trazia a boa notícia à mulher que não tinha engravidado (Lc 1,19), assim como João na solidão do deserto. É portanto pela voz do Verbo que a mulher estéril engravida na alegria e que o deserto produz frutos. Estas duas vozes, percursoras do Senhor, a do anjo e a de João, comunicam-me a salvação neles oculta, de modo que, depois da manifestação deste Verbo, colhamos o fruto da fecundidade, a vida eterna.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

3ª-feira da semana II do Advento - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Siluane (1866-1938), monge ortodoxo

Escritos

«É da vontade de vosso Pai [...] que não se perca um só destes pequeninos»

Se os homens soubessem o que é o amor do Senhor, em multidão acorreriam junto de Cristo, e a todos Ele acalentaria com a sua graça. A sua misericórdia é inexprimível. O Senhor ama o pecador que se arrepende, e com ternura o aperta contra seu peito: «Onde estavas, meu filho? Há tanto tempo que te esperava» (cf. Lc 15,20). O Senhor chama a si todos os homens pela voz do Evangelho, e a sua voz ecoa no mundo inteiro:

«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos (Mt 11, 28). Vinde e bebei a água viva (Jo 7,37). Vinde e sabei que vos amo. Se não vos amasse, não vos chamaria. Não posso suportar que nem uma só de minhas ovelhas se perca. Ainda que seja por uma apenas, o pastor sobe às montanhas e por todo o lado a procura. Vinde pois a mim, minhas ovelhas. Criei-vos e amo-vos. O amor que tenho por vós fez-Me vir à Terra, e tudo suportei e sofri por vossa salvação. Quero que conheçam o meu amor e que digam como os apóstolos no monte Tabor: «Mestre, bom é estarmos aqui contigo»» (Mc 9,5) [...]

Atraíste a Ti as almas dos santos, Senhor, e elas correm até Ti como rios silenciosos. O espírito dos santos ligou-se a Ti, e sobre Ti se lança, Senhor, nossa luz e alegria. O coração dos teus santos fortaleceu-se no teu amor, Senhor, e não pode esquecer-Te por um instante que seja, nem mesmo no sono, porque doce é a graça do Espírito-Santo.

sábado, 6 de dezembro de 2008

II Domingo do Advento - reflexão...


Beato Guerric d'Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense

I Sermão para o Advento (Trad. Cf Bouchet, Leccionário, p. 36 e Brésard, 2000 anos B, p. 20)

«Uma voz brada no deserto: Preparai os caminhos do Senhor»

«Preparai os caminhos do Senhor.» Irmãos, os caminhos do Senhor que nos pedem que preparemos preparam-se percorrendo-os, e é preparando-os que os percorremos. Mesmo que já tenhais progredido muito no caminho, tendes ainda assim de o preparar, a fim de que, do ponto aonde chegastes, avanceis sempre mais. E assim, a cada passo que dais, o Senhor cujo caminho preparais vem ao vosso encontro, sempre novo, sempre maior. É, pois, com razão que o justo reza dizendo: «Instruí-me, Senhor, nos Vossos mandamentos, e os guardarei com fidelidade» (Sl 118, 33). Talvez se lhe tenha chamado «caminho eterno» porque, se é verdade que a Providência previu o caminho de cada um e lhe fixou um termo, também é certo que a bondade daquele para o Qual avançais não tem limites. É por isso que, ao chegar, o viajante sábio e decidido pensa que está apenas no princípio (Fil 3, 13); esquecendo o que tem atrás de si, dirá todos os dias: «Hoje começo». [...]

Mas nós que falamos de progresso neste caminho, praza ao céu que tenhamos, pelo menos, começado! Em minha opinião, quem se pôs a caminho já está no bom caminho; mas é necessário que tenhamos realmente começado, que tenhamos «encontrado o caminho da cidade habitável», como diz o salmo (106, 4). Porque «são poucos os que o encontram», diz a própria Verdade (Mt 7, 14). E numerosos os que vagueiam na solidão. [...]

E Tu, Senhor, preparaste-nos um caminho, basta que consintamos em o percorrer. Tu ensinaste-nos o caminho da Tua vontade quando nos disseste: «Este é o caminho, andai por ele» (Is 30, 21). Trata-se do caminho que o profeta tinha prometido: «O deserto será atravessado por um caminho que se chamará caminho sagrado; nenhum ser impuro passará por ele (Is 35, 8). «Fui jovem, agora sou velho» (Sl 36, 25) e, se bem me lembro, nunca vi seres impuros percorrerem o Teu caminho; embora tenha visto alguns puros que conseguiram percorrê-lo até ao fim.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Natal diferente


Amigos,

O IOL este ano fez questão de apoiar o DIFERENÇAS (associação da Leonor) através de uma acção, embuída de espírito natalício, que permite que cada um de nós possa ajudar o Centro sem gastar mais que uns segundos.

Basta ir a http://www.nataldiferente.iol.pt/ e deixar uma mensagem de Boas Festas na Árvore de Natal Solidária.Todas as mensagens são, automaticamente, convertidas em estrelas e poderão ser vistas no site por todos os visitantes.
Por cada estrela a brilhar o IOL irá oferecer 0,10€ ao DIFERENÇAS. Peço por isso, a todos, que cliquem no link e que deixem a vossa mensagem de Boas Festas. É rápido, fácil e muito solidário!

Se puderem, por favor divulguem.

Um Feliz Natal a todos

Bita


Divulguem sff

6ª-feira da semana I do Advento - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Mateus 9,27-31) feito por

Santo Anselmo (1033-1109), monge, bispo, Doutor da Igreja

Proslogion 1 (trad. Orval)

«O meu coração pressente os Teus dizeres: 'Procurai a Minha Face!' [...] Não escondais de mim o Vosso Rosto» (Sl 26, 8)

Fala, coração, abre-te por completo e diz a Deus: «É a Tua face, Senhor, que eu procuro» (Sl 26, 8). E Tu, Senhor meu Deus, ensina ao meu coração onde e como há-de procurar-Te, onde e como há-de encontrar-Te. Senhor, se não estás aqui, se estás ausente, onde Te hei-de procurar? E, se estás presente em toda a parte, por que motivo não consigo ver-Te? É certo que habitas uma luz inacessível. Mas onde está a luz inacessível e como atingirei essa luz inacessível? Quem me conduzirá a ela, quem me mergulhará nela, para que nela Te veja? E em seguida, com base em que sinais e de que lado Te procurarei? Nunca Te vi, Senhor meu Deus, não conheço o Teu rosto. Que pode fazer, Senhor altíssimo, que pode fazer este exilado longe de Ti? Que pode fazer o Teu servo, anseia pelo Teu amor e foi rejeitado para longe da Tua face? Aspira a ver-Te e o Teu rosto esconde-se-lhe por completo. Deseja ir ter conTigo e a Tua morada é-lhe inacessível. Gostaria de Te encontrar e não sabe onde estás. Empreende procurar-Te e ignora o Teu rosto.

Senhor, Tu és o meu Deus, és o meu Senhor, e nunca Te vi. Tu criaste-me e recriaste-me, Tu me proveste de todos os bens que possuo e ainda não Te conheço. Tu me fizeste a fim de que Te visse e ainda não realizei o meu destino. Miserável sorte a do homem que perdeu aquilo para o qual foi criado. [...] Buscar-Te-ei com o meu desejo e desejar-Te-ei na minha busca. Encontrar-Te-ei amando-Te e amar-Te-ei quando Te encontrar.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

5ª-feira da semana I do Advento - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia feito por

S. João da Cruz (1524-1591), carmelita, doutor da Igreja

Conselhos e Máximas (n° 307-319 in trad. Oeuvres spirituelles, Seuil 1947, p. 1226)

Escutar para pôr em prática

O Pai celeste disse uma única palavra: é o Seu Filho. Disse-a eternamente e num eterno silêncio. É no silêncio da alma que Ele se faz ouvir. Falai pouco e não vos metais em assuntos sobre os quais não fostes interrogados.

Não vos queixeis de ninguém; não façais perguntas ou, se for absolutamente necessário, que seja com poucas palavras. Procurai não contradizer ninguém e não vos permitais uma palavra que não seja pura.

Quando falardes, que seja de modo a não ofender ninguém e não digais senão coisas que possais dizer sem receio diante de toda a gente. Tende sempre paz interior assim como uma atenção amorosa para com Deus e, quando for necessário falar, que seja com a mesma calma e a mesma paz.

Guardai para vós o que Deus vos diz e lembrai-vos desta palavra da Escritura: "O meu segredo é meu" (Is 24,16)...

Para avançar na virtude, é importante calar-se e agir, porque falando as pessoas distraem-se, ao passo que, guardando o silêncio e trabalhando, as pessoas recolhem-se.

A partir do momento em que aprendemos com alguém o que é preciso para o avanço espiritual, não é preciso pedir-lhe que diga mais nem que continue a falar, mas pôr mãos às obras, com seriedade e em silêncio, com zelo e humildade, com caridade e desprezo de si mesmo.

Antes de todas as coisas, é necessário e conveniente servir a Deus no silêncio das tendências desordenadas, bem como da língua, a fim de só ouvir palavras de amor.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

4ª-feira da semana I do Advento - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Mateus 15,29-37) feito por

Vaticano II

Constituição sobre a Sagrada Liturgia «Sacrosanctum Concilium», § 6.8

"Cada vez que comeis este pão e bebeis deste cálice, vós proclamais a morte do Senhor até que ele venha" (1 Co 11,26)

Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para que, pregando o Evangelho a toda a criatura, anunciassem que o Filho de Deus, pela sua morte e ressurreição, nos libertara do poder de Satanás e da morte e nos introduzira no Reino do Pai, mas também para que realizassem a obra de salvação que anunciavam, mediante o sacrifício e os sacramentos, à volta dos quais gira toda a vida litúrgica. Pelo Baptismo são os homens enxertados no mistério pascal de Cristo: mortos com Ele, sepultados com Ele, com Ele ressuscitados; recebem o espírito de adopção filial que «nos faz clamar: Abba, Pai» (Rom. 8,15), transformando-se assim nos verdadeiros adoradores que o Pai procura. E sempre que comem a Ceia do Senhor, anunciam igualmente a sua morte até Ele vir.

Pela Liturgia da terra participamos, saboreando-a já, na Liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual, como peregrinos nos dirigimos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; por meio dela cantamos ao Senhor um hino de glória com toda a milícia do exército celestial, esperamos ter parte e comunhão com os Santos cuja memória veneramos, e aguardamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até Ele aparecer como nossa vida e nós aparecermos com Ele na glória. (Referências bíblicas : Mc 16,15; Rm 6,4; 8,15; Jo 4,23; 1Co 11,26; Ap 21,2; He 8,2; Col 3,4)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

3ª-feira da semana I do Advento - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Lucas 10,21-24) feito por

Cardeal John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo

"Esperando por Cristo", Sermões Pregados em Várias Ocasiões, nº 3

"Felizes os olhos que vêem o que vós vedes"

Durante séculos, antes que Jesus tivesse vindo à terra, todos os profetas, um após outro, estiveram no seu posto, no alto da torre; todos o esperavam e perscrutavam a sua vinda através da obscuridade da noite. Vigiavam sem cessar para surpreender o primeiro brilho da aurora...: "Deus, a ti, meu Deus, eu busco desde a aurora. A minha alma tem sede de ti, como terra árida, esgotada, sem água" (Sl 62,2)... "Ah! se tu rasgasses os céus e descesses! As montanhas fundiriam na tua presença, como se o fogo as atingisse... Desde as origens do mundo que os olhos nada puderam ver, meu Deus, das maravilhas que preparaste para aqueles que, esperando, estiveram unidos a ti" (Is 64,1; 1Co 2,9).

Contudo, se alguma vez houve homens que tiveram o direito de se apegarem a este mundo e dele não se desinteressarem, foram os servos de Deus; a terra tinha-lhes sido prometida como herança e, de acordo com as próprias promessas do Altíssimo, ela devia ser a sua recompensa. Mas a nossa verdadeira recompensa diz respeito ao mundo que há-de vir... E também eles, esses grandes servos de Deus, ultrapassaram o dom terrestre de Deus, apesar do seu valor, para se apegarem a promessas mais belas ainda; em nome desse esperança, sacrificaram aquilo cuja posse já detinham. Não se contentaram como nada menos do que a plenitude do seu Criador; procuraram ver o rosto do seu Libertador. E, se fosse preciso que, para isso, a terra se quebrasse, os céus se rasgassem, os elementos do mundo fundissem para que, enfim, ele aparecesse, então, mais vale que tudo se desfaça, antes que continuar a viver sem ele! Tal era a intensidade do desejo dos adoradores de Deus em Israel, que esperavam aquele que havia de vir... A sua perseverança prova que havia alguma coisa a esperar.

Também os apóstolos, depois de o seu Mestre ter vindo e regressado aos Céus, não ficaram atrás dos profetas na acuidade da sua percepção nem no ardor das suas aspirações. O milagre da espera na perseverança continuou.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

2ª-feira da semana I do Advento - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Mateus 8,5-11) feito por

Eusébio de Cesareia (c. 265-340), bispo, teólogo, historiador

Demonstração evangélica, II, 3, 35 (trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 6, p. 197 ; cf SC 228)

"Muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar... no festim do Reino dos céus"

Muitos são os testemunhos da Escritura que mostram que as nações pagãs não receberam menos graças do que o povo judeu. Se os judeus... participam da bênção de Abraão, o amigo de Deus, porque são seus descendentes, recordemos que Deus se tinha comprometido a dar aos pagãos uma bênção semelhante não só à de Abraão, mas ainda às de Isaac e de Jacob. Com efeito, Ele predisse explicitamente que todas as nações serão abençoadas de igual forma e convida todos os povos a uma só e mesma alegria com os ditosos amigos de Deus: "Nações, alegrai-vos com o seu povo" (Dt 32,43) e também: "Os príncipes dos povos reuniram-se com o Deus de Abraão" (Sl 46,10).

Se Israel se glorifica do Reino de Deus, dizendo que ele é a sua herança, os oráculos divinos mostram-lhe que Deus reinará também sobre os outros povos: "Ide dizer às nações: O Senhor é rei" (Sl 95,10) e também: "Deus reina sobre os pagãos" (Sl 46,91). Se os judeus foram escolhidos para serem os sacerdotes de Deus e lhe prestarem culto..., a palavra de Deus prometeu comunicar às nações o mesmo ministério: "Rendei ao Senhor, ó família dos povos, rendei ao Senhor glória e honra. Apresentai oferendas, entrai nos seus átrios" (Sl 95,7-8)...

E se, outrora, num primeiro tempo, "a porção do Senhor foi Jacob, seu povo, e Israel a sua parte da herança" (Dt 32,9 LXX), num segundo tempo, a Escritura afirma que todos os povos serão dados em herança ao Senhor, segundo a palavra do Pai: "Pedi e dar-vos-ei as nações como herança" (Sl 2,8). A profecia anuncia ainda que Ele "dominará" não só em Israel, mas "do mar até ao mar e até aos confins da terra; todos os países o servirão e nele serão abençoadas todas as tribos da terra" (Sl 71,8-11). Foi assim que o Deus do universo "fez conhecer a sua salvação diante de todas as nações" (Sl 97,2).

Notícias da Igreja

A vinda de Jesus à Terra