ANIVERSÁRIO DA PARÓQUIA

Aniversário da Paróquia no próximo dia 2 de Fevereiro. Celebração às 19h30 na Igreja. Jantar no Centro Paroquial. Inscrições para o jantar na portaria do Convento (Telf. 226165760).

Madrid 2011

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Sagrado Coração de Jesus


Comentário ao Evangelho do dia (Mateus 11,25-30) feito por :

Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), monja beneditina

Exercícios 7

«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos»

Tu, que por mim fizeste tão grandes e belas coisas, que me obrigaste a ficar ao Teu serviço para sempre, que Te darei eu por tão grandes benefícios? Que louvores, que acções de graças poderia oferecer-Te, ainda que me gastasse mil vezes? O que sou eu, pobre criatura, em comparação Contigo, que és a minha abundante redenção? Assim, pois, oferecer-Te-ei por inteiro a minha alma que Tu resgataste, entregar-Te-ei o amor do meu coração. Sim, transporta a minha vida em Ti, leva-me toda inteira em Ti e, encerrando-me em Ti, faz com que eu seja uma única coisa Contigo.

Ó amor, o teu ardor divino abriu-me o doce coração do meu Jesus. Ó coração fonte de doçura, coração transbordante de bondade, coração superabundante de caridade, coração de onde corre, gota a gota, a benevolência, coração cheio de misericórdia [...], coração tão amado, peço-te que absorvas todo o meu coração em ti. Pérola preciosíssima do meu coração, convida-me para o Teu festim que dá vida; serve-me os vinhos da consolação [...], a fim de que as ruínas do meu espírito se encham da Tua caridade divina, e de que a abundância do Teu amor supra a pobreza e a miséria da minha alma.

Ó coração amado acima de todas as coisas [...], tem piedade de mim. Suplico-Te que a doçura da Tua caridade dê coragem ao meu coração. Que, pela Tua bondade, as entranhas da Tua misericórdia se comovam a meu favor; porque os meus deméritos são numerosos, e nulos são os meus méritos. Meu Jesus, que o mérito da Tua morte preciosa, que foi o único que teve o poder de compensar a dívida universal, me redima de todo o mal que eu fiz [...]; que ele me atraia a Ti, de maneira tão poderosa que, totalmente transformada pela força do Teu amor divino, eu encontre graça a Teus olhos. [...] E concede-me, querido Jesus, que Te ame, só a Ti em todas as coisas, que a Ti me ligue com fervor, que espere em Ti e não coloque limites à minha esperança.

terça-feira, 27 de maio de 2008

3ª-feira da semana VIII do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Marcos 10,28-31) feito por :

S. Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja

Sermão 37 sobre o Cântico dos Cânticos

«Neste tempo, já, o cêntuplo»

«Semeai na justiça, diz o Senhor, e recolhei a esperança da vida». Ele não vos remete para o último dia onde tudo vos será dado realmente e já não em esperança; Ele fala do presente. Claro que será grande a nossa alegria, o nosso júbilo infinito, quando começar a verdadeira vida. Mas, para já, a esperança duma tão grande alegria não pode ser sem alegria. «Alegrai-vos na esperança», diz o apóstolo Paulo (Rom 12, 12). E David não diz que estará na alegria, mas que ficou nela no dia em que esperou entrar na casa do Senhor (Sl 121, 1). Ele ainda não possuía a vida, mas já tinha colhido a esperança de vida. E experimentava a verdade da Escritura que diz que, não só a recompensa, mas «a esperança dos justos é plena de alegria» (Pr 10, 28). Essa alegria é produzida na alma daquele que semeou para a justiça, pela convicção que tem de que os seus pecados estão perdoados...

Qualquer um de vós que, após o início doloroso da conversão, tem a felicidade de se ver consolado pela esperança dos bens por que espera... colheu, desde agora, o fruto das suas lágrimas, viu Deus e ouviu-o dizer: «Dêem-lhe o fruto das suas obras» (Pr 31, 31). Como é que aquele que «saboreou e viu como o Senhor é bom» (Sl 33, 9) não havia de ver Deus? O Senhor Jesus parece muito doce àquele que recebe dEle, não só a remissão dos pecados, mas também o dom da santidade e, melhor ainda, a promessa da vida eterna. Feliz daquele que já fez uma tão bela colheita... O profeta fala verdade: « Aqueles que semeiam nas lágrimas colhem na alegria» (125,5)... Nenhum proveito nem honra terrestre nos parecerá acima da nossa esperança e desta alegria de esperar, doravante profundamente enraízada nos nossos corações: «A esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rom 5,5).

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Entrega do Credo


No próximo dia 7 de Junho (Sábado), na Missa das 19h00, será a entrega do Credo às crianças do Celebrar 1 (5º ano).

Pede-se que compareçam no Salão do Convento (junto da portaria) às 18h00 e tragam t'shirt branca e calças (saias) em ganga azul.

2ª-feira da semana VIII do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Marcos 10,17-27) feito por :

S. João Crisóstomo (c. 345- 407), bispo de Antioquia depois de Constantinopla, doutor da Igreja

Homilia sobre o devedor de dez mil talentos,3; PG 51, 21

«Mas, então, quem pode salvar-se?»

Em resposta à pergunta que lhe fazia um homem rico, Jesus tinha revelado como se podia aceder à vida eterna. Mas a ideia de ter de abandonar as suas riquezas deixou este homem muito triste e ele foi-se embora. Então, Jesus declarou: «É mais fácil entrar um camelo pelo furo de uma agulha, do que entrar um rico no Reino de Deus». Por seu turno, Pedro aproxima-se de Jesus, ele que se despojou de tudo, renunciando à sua profissão e à sua barca, que já não possui nem um anzol, e põe esta pergunta a Jesus: «Mas, então, quem pode salvar-se?»

Repara, ao mesmo tempo, na reserva e no zelo deste discípulo. Ele não disse: «Ordenas o impossível, essa ordem é demasiado difícil, essa lei é demasiado exigente». Também não ficou em silêncio. Mas, não faltando ao respeito e mostrando quanto estava atento aos outros, disse: «Mas então, quem pode salvar-se?» É que muito antes de ser pastor, já ele tinha alma; antes de ser investido de autoridade..., já se preocupava com a terra inteira. Um homem rico teria provavelmente perguntado isso por interesse, por medo da sua situação pessoal e sem pensar nos outros. Mas Pedro, que era pobre, não pode ser suspeito de ter feito a sua pergunta por semelhantes motivos. É sinal de que se preocupava com a salvação dos outros, e que queria aprender do Mestre como se chega a ela.

Daí a resposta encorajadora de Cristo: «Para os homens isso é impossível, mas não para Deus». Quer Ele dizer: «Não penseis que vos deixo ao abandono. Eu próprio vos assistirei num assunto tão importante, e tornarei fácil o que é difícil».

domingo, 25 de maio de 2008

Domingo da semana VIII do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Catecismo da Igreja Católica § 302-305

"Não vos preocupeis tanto com a vossa vida"

A criação tem a sua bondade e a sua perfeição próprias, mas não saiu totalmente acabada das mãos do Criador. Foi criada «em estado de caminho» («in statu viae») para uma perfeição última ainda a atingir e a que Deus a destinou. Chamamos divina Providência às disposições pelas quais Deus conduz a sua criação em ordem a essa perfeição...

É unânime, a este respeito, o testemunho da Escritura: a solicitude da divina Providência é concreta e imediata, cuida de tudo, desde os mais insignificantes pormenores até aos grandes acontecimentos do mundo e da história. Os livros santos afirmam, com veemência, a soberania absoluta de Deus no decurso dos acontecimentos: «Tudo quanto Lhe aprouve, o nosso Deus o fez, no céu e na terra» (Sl 115, 3); e de Cristo se diz: «que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre» (Ap 3, 7); «há muitos projectos no coração do homem, mas é a vontade do Senhor que prevalece» (Pr 19, 21)...

Jesus reclama um abandono filial à Providência do Pai celeste, que cuida das mais pequenas necessidades dos seus filhos: «Não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? Que havemos de beber? [...] Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo» (Mt 6, 31-33).

sábado, 24 de maio de 2008

O meu filho vai à Catequese


Acaba de ser editado, pelas Paulinas, um guia para pais, avós, catequistas e animadores sobre a fé cristã com o título:
O meu filho vai à Catequese

De consulta fácil e com uma linguagem simples, este livro apresenta-nos uma síntese dos conteúdos fundamentais da doutrina cristã em conformidade com o Magistério da Igreja. Paralelamente, nele encontramos uma iniciação à Sagrada Escritura, porta de acesso a um diálogo fecundo e esclarecido com a Palavra de Deus, bem como um confronto com a memória da piedade e da oração dum povo que, ao longo do seu peregrinar na história, nunca cessou de celebrar a fé louvando o seu Senhor.

Um precioso contributo para todos aqueles que se encontram empenhados numa caminhada de iniciação, reiniciação ou maturação da fé. Entre estes, ocupam um lugar especial os pais. Eles são os primeiros e insubstituíveis educadores dos seus filhos, cabendo-lhes a nobre tarefa de os guiar no despertar e consolidar da fé».

(Pe. Paulo Malícia, Director do Departamento da Evangelização e dos Sectores da Pastoral Catequética e da Pastoral Escolar da Diocese de Lisboa)

Sábado da semana VII do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Marcos 10,13-16) feito por:

Hermas (sec II)

O Pastor, parábola 9, 24.29

«Deixai vir a Mim as criancinhas... pois a elas pertence o reino de Deus»

O Pastor mostrou-me uma montanha onde as ervas estavam verdes e viçosas; tudo estava florescente, e os rebanhos e os pássaros encontravam aí o seu alimento. Ele disse-me: «Os crentes de aqui sempre foram simples, inocentes, felizes, sem nenhum ressentimento uns contra os outros, mas pelo contrário sempre alegres servidores de Deus. Revestidos do santo espírito das virgens, cheios de compaixão por todos os homens, proveram, com o suor do seu rosto, às necessidades de todos os seus semelhantes, sem murmúrio nem hesitação. Vendo a sua simplicidade e toda a sua candura infantil, o Senhor fez prosperar todo o trabalho das suas mãos e abençoou todas as suas empresas... Todos que agirem assim, permaneçam desse modo e a vossa prosperidade não desaparecerá jamais»...

Depois ele mostrou-me uma bela montanha toda branca: «Aqui os crentes assemelham-se às criancinhas que não têm a mínima ideia do mal; como eles, nunca souberam o que é a maldade, mas guardaram sempre a inocência das suas infâncias. Esses homens irão seguramente habitar no reino de Deus, porque eles não violaram os mandamentos de Deus, mas perseveraram todos os dias das suas vidas na candura e nos sentimentos das suas infâncias. Todos vós que perseverais nesta via sereis «como criancinhas», sem malícia, sereis glorificados mais que todos os outros, porque as criancinhas são gloriosas diante de Deus e os primeiros a seus olhos. Bem aventurados os que afastarem a malícia para se revestirem de inocência; primeiro que todos os outros, vós vivereis para Deus.

terça-feira, 20 de maio de 2008

3ª-feira da semana VII do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Marcos 9,30-37) feito por:

Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja

Oração 20

«Se alguém quer ser o primeiro, que se seja o último de todos e o servo de todos»

Jesus!... Como é grande a vossa humildade, ó divino Rei da Glória, submeterdes-vos a todos os vossos sacerdotes sem fazer nenhuma distinção entre os que vos amam e os que são, infelizmente!, mornos ou frios no vosso serviço. Ao seu apelo vós desceis do céu; eles podem adiantar, retardar a hora do santo sacrifício, sempre estais pronto. Ó meu Bem-Amado, sob o véu da hóstia branca, como me apareceis doce e humilde de coração (Mt 11,29)! Para me ensinardes a humildade não podíeis abaixar-vos mais; também eu quero, a fim de responder ao vosso amor, desejar que as minhas irmãs me coloquem sempre em último lugar e convencer-me bem de que é esse o meu lugar...

Eu sei, ó meu Deus, vós abateis a alma orgulhosa, mas à que se humilha darás uma eternidade de glória; eu quero pois colocar-me na última fila, partilhar das vossas humilhações a fim de «ter parte convosco» (Jo 13,8) no reino dos Céus.

Mas, Senhor, vós conheceis a minha fraqueza; cada manhã tomo a resolução de praticar a humildade e à noite reconheço que cometi ainda muitas faltas de orgulho. À vista disto sou tentada a desencorajar mas, eu sei, o desencorajamento é também orgulho. Quero pois, ó meu Deus, assentar a minha esperança somente em vós; porque vós tudo podeis, dignai-vos fazer nascer na minha alma a virtude que desejo. Para obter esta graça da vossa infinita misericórdia repetir-vos-ei muitas vezes: «Ó Jesus, doce e humilde de coração, tornai o meu coração semelhante ao vosso!»

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ano Paulino - Dia de Reflexão


No dia 24 de Maio, próximo Sábado, realiza-se um dia de reflexão sobre o Apóstolo São Paulo. Esta iniciativa, organizada pela Fraternidade de São Domingos no Porto, tem como objectivo preparar o Ano Paulino que se inicia a 28 de Junho. A reflexão será orientada pelo Frei Miguel dos Santos a partir das 09h30 no Centro Paroquial de Cristo Rei.

Para informações e inscrições contactar:

Cristina Busto - 933286355 ou Maria do Carmo Ramos - 966403075

2ª-feira da semana VII do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Marcos 9,14-29) feito por:

Hermas (séc. II)

O Pastor

«Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!»

Expulsa a dúvida da tua alma, nunca hesites em dirigir a Deus a tua oração, dizendo: «Como posso eu rezar, como posso ser escutado, depois de ter ofendido a Deus tantas vezes?» Não raciocines dessa maneira; volta-te de todo o coração para o Senhor, e reza-Lhe com total confiança. Conhecerás então a extensão da Sua misericórdia; verás que, longe de te abandonar, Ele cumulará os desejos do teu coração. Porque Deus não é como os homens, que nunca se esquecem do mal; Nele não há ressentimentos, mas uma terna compaixão para com as Suas criaturas. Assim, pois, purifica o teu coração de todas as vaidades do mundo, do mal e do pecado [...], e reza ao Senhor. Tudo obterás [...], se rezares com total confiança.

Se, porém, a dúvida tomar o teu coração, as tuas súplicas não serão ouvidas. Aqueles que duvidam de Deus são almas dúplices; nada obtêm daquilo que pedem. [...] Quem duvida, a menos que se converta, dificilmente será ouvido e salvo. Assim, pois, purifica a tua alma da dúvida, reveste-te da fé, porque a fé é poderosa, e crê firmemente que Deus escutará todas as tuas súplicas. E, se Ele tardar um pouco a ouvir a tua oração, não te deixes arrastar pela dúvida por não teres obtido imediatamente aquilo que pedes; esse atraso destina-se a fazer-te crescer na fé. Não cesses, pois, de pedir aquilo que desejas. [...] Não te permitas duvidar, pois a dúvida é perniciosa e insensata, roubando a fé a muitos, incluindo os mais firmes. [...] A fé é forte e poderosa; tudo promete e tudo obtém; a dúvida, que é falta de confiança, tudo mina.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Próximas Festas na Catequese


Nas próximas semanas a nossa Catequese estará bem animada com várias festas e entregas. Recordamos aqui as suas datas e informamos que a Festa da Fé (entrega do Credo - Celebrar 1) foi adiada para o dia 7 de Junho.

Informamos ainda que para as crianças que não podem receber o Novo Testamento no dia 14 de Junho, às 16h00, haverá uma segunda entrega na Missa da Catequese (Auditório do Centro), às 12h00, no dia 15 de Junho.


CaLeNdÁrIo


18 de Maio - Domingo - 16h00 - Profissão de Fé (2º grupo)

22 de Maio - 5ª-feira - 16h00 - Profissão de Fé (3º grupo)

25 de Maio - Domingo - 16h00 - Primeira Comunhão (1º grupo)

31 de Maio - Sábado - 19h00 - Entrega do Pai-Nosso

01 de Junho - Domingo - 16h00 - Primeira Comunhão (2º grupo)

07 de Junho - Sábado - 19h00 - Festa da Fé (entrega do Credo)

08 de Junho - Domingo - 16h00 - Primeira Comunhão (3º grupo)

14 de Junho - Sábado - 16h00 - Entrega do Novo Testamento

15 de Junho - Domingo - 12h00 - Entrega do Novo Testamento

5ª-feira da semana VI do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Marcos 8,27-33) feito por :

Liturgia Latina

Hino de matinas do tempo da Paixão:

"Pange, lingua, gloriosi"


"Começou então a ensinar-lhes que o Filho do Homem tinha de sofrer muito"

Canta, língua gloriosa,
o combate singular
em que o Salvador do mundo,
pregado na dura cruz,
com o preço do seu sangue
resgatou a humanidade.

Como Adão no Paraíso
comeu o vedado pomo,
assim o Criador do mundo
decretou, compadecido,
que uma árvore nos desse
o que na outra perdemos.

Deus quis vencer o inimigo
com as suas próprias armas;
a Sabedoria aceitou
o tremendo desafio
e, onde nascera a morte,
brotou a fonte da vida.

Mandou o Senhor aos homens,
na plenitude dos tempos,
Deus de Deus, seu próprio Filho,
que do céu baixou à terra
e que no seio da Virgem
tomou um corpo mortal.

Ao chegar a sua hora,
o Homem Deus percorreu
o caminho do Calvário
como inocente cordeiro,
pois Ele viera ao mundo
para morrer numa cruz.

Elevemos jubilosos
à Santíssima Trindade
o louvor que lhe devemos
pela nossa salvação:
ao Eterno Pai, ao Filho
e ao Espírito de amor.

Amen.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

4ª-feira da semana VI do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (João 15,9-17) feito por:

São Lourenço Justiniano (1381-1455), cónego regular, depois Bispo de Veneza

Sermão para a festa de São Matias

Deus escolheu o apóstolo Matias

Escreve o apóstolo Paulo: «Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Que insondáveis são os Seus juízos e impenetráveis os Seus caminhos!» (Rom 11, 33). [...] E diz o Salmo: «Todas as Vossas obras são fruto da Vossa sabedoria» (Sl 103, 24), isto é, feitas no Teu Verbo, na Tua Palavra eterna. Se foi no Verbo e pelo Verbo que todas as coisas foram feitas (Jo 1, 3), quem poderá duvidar de que foi com sabedoria e perfeição, e sem parcialidades, que Ele escolheu os Seus discípulos? «Ele nos escolheu antes da constituição do mundo», diz o apóstolo Paulo (Ef 1, 4). [...]

Consideremos a escolha de Matias. Os apóstolos tinham escolhido José Barsabas e Matias [...]; em seguida, apresentaram essa escolha Àquele que julga segundo o coração e que «conhecia o coração» de ambos, a fim de que Ele desse a conhecer qual dos dois tinha escolhido. E Ele tinha certamente escolhido Matias para essa honra antes de as sortes serem lançadas, antes mesmo da criação do mundo. [...]

«Tudo quanto pedirdes, orando, crede que o recebereis e o obtereis» (Mc 11, 24), diz o Senhor. É por isso que a Igreja tem o costume de rezar de comum acordo sempre que considera dever pedir alguma coisa ao Senhor; meio algum tem tanta influência na vontade de Deus como a oração, se for feita com fé, com serenidade, com humildade e perseverança. Assim, pois, a sorte em nada prejudicou este glorioso apóstolo porque, como testemunha a Escritura, os apóstolos começaram por rezar; pelo contrário, foi em resposta à oração deles que Deus lhes inspirou que tirassem a eleição à sorte. Por outro lado, Matias não obteve uma graça menor do que a de Pedro ou dos outros apóstolos, ainda que tenha sido chamado em último lugar. Ele recebeu o Espírito com a mesma plenitude que os outros, e recebeu os mesmos dons espirituais que eles. Ao poisar sobre ele, o Espírito Santo encheu-o de caridade, concedendo-lhe que se exprimisse em todas as línguas, que fizesse milagres, que convertesse as nações, que pregasse a Cristo e que recebesse o triunfo do martírio.

terça-feira, 13 de maio de 2008

3ª-feira da semana VI do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Mc 8,14-21) feito por:

Jean Pierre de Caussade (1675-1751), jesuita

Abandono na Providência divina (§26)

«Ainda não entendestes nem compreendestes?»

Se perfurássemos o véu, e se estivéssemos vigilantes e atentos, Deus revelar-Se-nos-ia sem cessar e usufruiríamos da Sua acção em tudo quanto nos acontece, dizendo perante todas as coisas: «Dominus est, é o Senhor!» (Jo, 21, 7). E descobriríamos em todas as circunstâncias um dom de Deus.

Consideraríamos as criaturas frágeis instrumentos nas mãos de um obreiro omnipotente; e reconheceríamos sem dificuldade que nada nos falta, e que a contínua atenção de Deus O leva a proporcionar-nos em cada instante aquilo que nos convém. Se tivéssemos fé, teríamos boa vontade para com todas as criaturas; haveríamos de as acariciar, interiormente gratos pelo facto de elas servirem e se tornarem favoráveis à nossa perfeição, aplicada pela mão de Deus. Se vivêssemos ininterruptamente uma vida de fé, estaríamos em permanente comércio com Deus, falando com Ele a todo o momento.

A fé é intérprete de Deus; sem os esclarecimentos que ela proporciona, não compreendemos a linguagem das criaturas. Esta é uma escrita em números, onde apenas vemos confusão; uma amálgama de espinhos, de onde não nos ocorre que Deus possa falar. Mas a fé permite-nos ver, como Moisés, o fogo da caridade divina que arde no seio destes espinhos (Ex 3, 2); a fé dá-nos a chave destes números, permitindo-nos descobrir, no meio da confusão, as maravilhas da sabedoria do alto. A fé confere um rosto celeste a toda a terra; é por meio dela que o coração é transportado, arrebatado, para conversar no céu. [...] A fé é a chave dos tesouros, a chave do abismo, a chave da ciência de Deus.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

2ª-feira da semana VI do Tempo Comum - reflexão...


Comentário ao Evangelho do dia (Mc 8, 11-13) feito por:

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade

Um Caminho Simples

"Para o porem à prova, pediram-lhe um sinal"

Deus está em toda a parte, em tudo, e sem Ele não podemos existir. Nem um só instante duvidei da sua existência mas sei que alguns vivem na dúvida. Se não acreditais em Deus, podeis, no entanto, ajudar os outros com actos inspirados pelo amor e o fruto dessas obras serão graças suplementares que descerão à vossa alma. Começareis então a desabrochar lentamente e aspirareis à alegria de amar a Deus.

Há tantas religiões! Cada um segue Deus à sua maneira. Quanto a mim, sigo o caminho de Cristo: Jesus é o meu Deus, Jesus é o meu Esposo, Jesus é o meu único Amor, Jesus é o meu Tudo em tudo, Jesus é tudo para mim.

Eis a razão por que nunca tenho medo. Faço o meu trabalho com Jesus, faço-o por Ele, dedicando-lho; por isso, os resultados são seus e não meus. Se precisais de um guia, só tendes que voltar os olhos para Jesus. Deveis entregar-vos a Ele e contar inteiramente com Ele. Quando fazeis isso, a dúvida dissipa-se e a segurança invade-vos. Mas Jesus disse: "Se não vos tornardes semelhantes a uma criança, não podereis vir a mim" (Mt 18,3).

domingo, 11 de maio de 2008

Pentecostes - Reflexão...


Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]

Retiro Vaticano 1983

"Todos os ouvimos proclamar nas nossas línguas as maravilhas de Deus" (Act 2,11)

O dia de Pentecostes revela a catolicidade da Igreja, a sua universalidade. O Espírito Santo manifesta a sua presença pelo dom das línguas. Renova assim, mas invertendo-o, o acontecimento de Babel (Gn 11), aquela expressão do orgulho dos homens que querem tornar-se como Deus e construir com as suas próprias forças, isto é, sem Deus, uma ponte até ao céu, a torre de Babel. Esse orgulho provoca divisões no mundo e ergue os muros da separação. Por causa do orgulho, o homem reconhece apenas a sua própria inteligência, a sua própria vontade, o seu próprio coração; desse modo, ele já não é capaz, nem de compreender a linguagem dos outros, nem de ouvir a voz de Deus.

O Espírito Santo, o amor divino, compreende e faz compreender as línguas; ele cria a unidade na diversidade. Assim, desde o primeiro dia, a Igreja fala em todas as línguas. Por isso, ela é católica, universal. A ponte entre o céu e a terra existe mesmo: essa ponte é a cruz e foi o amor do Senhor que a construiu. A construção desta ponte ultrapassa as possibilidades da técnica. A ambição de Babel devia e deve fracassar; só o amor incarnado de Deus podia responder a tal ambição...

A Igreja é católica desde o primeiro instante da sua existência; ela abraça todas as línguas. O sinal das línguas exprime um aspecto muito importante da eclesiologia fiel à Escritura: a Igreja universal precede as Igrejas particulares, a unidade vem antes das partes. A Igreja universal não é uma fusão secundária das Igrejas locais; é a Igreja universal, católica, que gera as Igrejas particulares e estas não podem permanecer Igrejas senão em comunhão com a catolicidade. Por outro lado, a catolicidade exige a multiplicidade das línguas, a partilha e a harmonização das riquezas da humanidade no amor do Crucificado.

sábado, 10 de maio de 2008

Sábado da semana VII da Páscoa - reflexão...


Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita, doutora da Igreja

Caminho da perfeição, 17

« – E ele Senhor?... – Que tens com isso? Tu segue-me»

Deus não conduz todas as almas pelo mesmo caminho. Aquele que julga caminhar pelo caminho mais humilde é talvez o maior aos olhos do Senhor. Assim, porque neste mosteiro todas se dedicam à oração, não se conclui que todas devam ser contemplativas. É impossível, e a ignorância desta verdade pode desolar as que o não são...

Eu passei mais de catorze anos sem sequer poder meditar, a não ser lendo, e deve haver muitas pessoas assim. Outras são incapazes de meditar, mesmo com a ajuda de um livro. Elas só conseguem rezar vocalmente: isso fixa-as mais... Há muitas pessoas semelhantes. Mas se são humildes, creio que no fim de contas elas não serão as menos afortunadas: elas irão juntamente com as almas inundadas de consolações. De uma certa maneira, o seu caminho é mesmo mais seguro, porque nós ignoramos se essas consolações vêm de Deus ou se o demónio é o seu autor...

Essas pessoas que não têm consolações caminham na humildade, temendo sempre que seja por culpa delas, e têm um cuidado contínuo em avançarem. Ao verem outras verterem uma lágrima, logo lhes parece que se elas não choram, é sinal de que estão muito atrasadas no serviço de Deus, elas que talvez estejam mais avançadas do que as outras. Com efeito, as lágrimas, embora boas, não são inteiramente perfeitas, e há sempre mais segurança na humildade, na mortificação, no desprendimento e em outras virtudes. Assim não temais nada, e dizei a vós mesmas que não deixareis de chegar à perfeição, tal como os grandes contemplativos.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

6ª-feira da semana VII da Páscoa - reflexão...


Santo Agostinho (354-430), bispo de Hippone (África do Norte) e doutor da Igreja

Sermão Guelferbytanus 16, 1

«Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo»

Eis que o Senhor, depois da sua ressurreição, aparece de novo aos seus discípulos. Interroga o apóstolo Pedro, obriga-o a confessar o seu amor, ele que por medo, o havia negado três vezes. Cristo ressuscitou segundo a carne, e Pedro segundo o espírito. Como Cristo morreu sofrendo, Pedro morre negando. O Senhor Cristo ressuscitou de entre os mortos, e ressuscitou Pedro graças ao amor que este lhe tinha. Interrogou o amor daquele que se declarava agora abertamente, e confiou-lhe o seu rebanho.

Por conseguinte, que é que Pedro trazia a Cristo pelo facto de O amar? Se Cristo te ama, o benefício é para ti, não para Cristo. Se tu amas Cristo, o benefício é ainda para ti, não para ele. Entretanto, o Senhor Cristo, querendo mostrar-nos como os homens devem provar que O amam, revela-nos isso claramente: amando as suas ovelhas.

«Simão, filho de João, tu amas-me? – Amo-te – Apascenta as minhas ovelhas». E isso uma vez, duas vezes, três vezes. Pedro não diz mais nada a não ser o seu amor. Amemo-nos pois uns aos outros e amaremos Cristo.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

5ª-feira da semana VII da Páscoa - reflexão...


São Pedro Damião (1007-1072), eremita e posteriormente bispo, doutor da Igreja

Opúsculo 11 « Dominus vobiscum », 6

«Que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti»

A Santa Igreja, ainda que muito diversa na multiplicidade das pessoas, é unificada pelo fogo do Espírito Santo. Se, materialmente, parece repartida em várias famílias, o mistério da sua profunda unidade nada pode perder da sua integridade: «Porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado», diz São Paulo (Rm 5,5). Este Espírito, sem qualquer dúvida, é um e é múltiplo ao mesmo tempo, um na essência da sua majestade, múltiplo nos dons e nos carismas concedidos à santa Igreja que enche com a sua presença. E este Espírito permite à Igreja ser simultaneamente uma na sua extensão universal e integralmente completa em cada um dos seus membros [...].

Se, portanto, aqueles que acreditarem em Cristo são um, onde quer que seja que um deles se encontre fisicamente, o corpo da Igreja, na sua integralidade, estará então presente, pelo mistério sacramental. E tudo o que convier à integralidade desse corpo convém a cada um dos seus membros. [...] Eis por que, quando vários fiéis se juntam, podem dizer: «Inclina, Senhor, os teus ouvidos e responde-me, porque estou triste e necessitado; protege a minha vida, porque te sou fiel» (Sl 85,1). E quando estivermos sós, podemos cantar: «Alegrai-vos em Deus, nossa força, aclamai o Deus de Jacob» (Sl 80,2). Não será descabido dizer-se em conjunto: «Em todo o tempo, bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre nos meus lábios» (Sl 33,2), ou proclamar-se, quando se está sozinho: «Enaltecei comigo o Senhor, exaltemos juntos o seu nome» (Sl 33,4), ou outras expressões semelhantes. A solidão não impede ninguém de falar no plural, e a multidão de fiéis poderá também ser expressa no singular. A força do Espírito Santo que habita em cada um dos fiéis e os envolve, deles fazendo um só, é o que faz que aqui haja uma solidão povoada e, ali, uma multidão que forma um só.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ensaios para o Coro de Pais da Primeira Comunhão


Lembramos que estão marcados ensaios para o coro das celebrações da Primeira Comunhão. Os dias propostos são:
8 de Maio, às 21h30, no Auditório do Centro Paroquial
16 e 23 de Maio, às 21h30, na Igreja Paroquial

Todos os pais que quiserem participar podem e devem fazê-lo.

Obrigado

4ª-feira da semana VII da Páscoa - reflexão...


Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (África do Norte) e doutor da Igreja

Sermões sobre S. João, n.º 107

«E, ainda no mundo, digo estas coisas para que tenham em si a plenitude da minha alegria»

Tendo dito a seu Pai: «Doravante, já não estou neste mundo [...]; vou para Ti» (Jo 17,11), Nosso Senhor recomenda a seu Pai aqueles que iam ficar privados da sua presença física: «Pai santo, Tu que a mim te deste, guarda-os em ti». Enquanto homem, Jesus pede a Deus pelos discípulos que recebeu de Deus. Mas prestemos atenção às palavras que diz a seguir: «Para serem um, como Nós somos!». Reparemos que Ele não diz: "Para que, connosco, sejam um", ou: "Para que sejamos, nós e eles, uma só coisa, como Nós somos um", mas diz: «Para que sejam um como nós». Que sejam um na sua natureza, como nós somos um na nossa. Estas palavras, por serem verdadeiras, exigem que Jesus tenha falado como tendo a mesma natureza divina que seu Pai, como noutro passo diz: «Eu e o Pai somos um» (Jo 10,30). Na sua natureza humana, Ele tinha dito: «O Pai é mais do que Eu». (Jo 14,28), mas como n'Ele Deus e o homem são apenas uma e a mesma pessoa, compreendemos que Ele é homem porque reza, e compreendemos que é Deus porque é um com Aquele a quem reza [...].

«Mas agora vou para Ti e, ainda no mundo, digo estas coisas para que tenham em si a plenitude da minha alegria». Ele ainda não tinha deixado o mundo, ainda aqui estava mas, como ia deixá-lo em breve, era como se aqui já não estivesse. Mas que alegria era essa cuja plenitude Ele queria que os discípulos tivessem? Já antes Ele o explicou, quando disse: «Para serem um, como Nós somos!». Esta alegria, que é a sua e que Ele lhes deu, Ele predisse que havia de se cumprir integralmente, e é por isso que fala dela «no mundo». Essa alegria é a paz e a bondade do mundo que há-de vir; para a obtermos, temos de viver neste mundo na moderação, na justiça e na piedade.

terça-feira, 6 de maio de 2008

3ª-feira da semana VII da Páscoa - reflexão...


Santo Irineu de Lyon (c. 130 - c. 208), bispo, teólogo e mártir

Contra as Heresias, IV, 14

"... a fim de que dê a vida eterna a todos os que lhe entregaste"

No princípio, não foi porque precisasse do homem que Deus modelou Adão, mas para ter alguém em quem depositasse os seus benefícios. Porque, não só antes de Adão mas mesmo antes de toda a criação, já o Verbo glorificava o Pai, permanecendo n'Ele, e era glorificado pelo Pai, tal como Ele próprio disse: "Pai, glorifica-Me com a glória que Eu tinha junto de Ti antes do princípio do mundo". Também não foi porque tivesse necessidade do nosso serviço que Ele nos ordenou que O seguíssemos, mas para nos obter a salvação. Porque seguir o Salvador é participar da salvação, tal como seguir a luz é tomar parte da luz.

Quando os homens estão na luz, não são eles que iluminam a luz e a fazem resplandecer, antes são iluminados e tornados resplandecentes por ela; longe de lhe acrescentar o que quer que seja, eles beneficiam da luz e por ela são iluminados. O mesmo acontece com o serviço prestado a Deus; o nosso serviço não acrescenta nada a Deus, porque Deus não precisa do serviço dos homens; mas, àqueles que O servem e O seguem, Deus dá a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna...

Se Deus solicita o serviço dos homens é para poder, Ele que é bom e misericordioso, conceder os seus benefícios aos que perseveram no seu serviço. Porque, se Deus não precisa de nada, o homem precisa da comunhão de Deus. A glória do homem é perseverar no serviço de Deus. É por isso que o Senhor dizia aos seus discípulos: "Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi a vós" (Jo 15,16). Indicava assim que não eram eles que O glorificavam sguindo-O mas que, por terem seguido o Filho de Deus, eram glorificados por Ele. "Pai, quero que onde Eu estiver eles estejam também comigo, para contemplarem a minha glória" (Jo 17,24).

segunda-feira, 5 de maio de 2008

2ª-feira da semana VII da Páscoa - reflexão...


S. Siluane (1866-1938), monge ortodoxo

Escritos Espirituais

"Disse-vos isto para que encontreis em mim a paz"

Não foi o próprio Senhor quem disse: "O Reino de Deus está em vós" (Lc 17,21)? É agora que começa a vida eterna. Peço-vos, meus irmãos, fazei a experiência! Se alguém vos ofender, vos caluniar, vous roubar o que vos pertence, mesmo se for um perseguidor, rezai a Deus dizendo: "Senhor, nós somos todos tuas criaturas, tem piedade dos teus servos e conduz-lhes o coração à penitência". Então, sentirás a graça na tua alma. Naturalmente que, ao princípio, tens de fazer algum esforço para amares os teus inimigos; mas o Senhor, ao ver a tua boa vontade, ajudar-te-á em todas as coisas e a própria experiência te mostrará o caminho. Pelo contrário, aquele que medita coisas más contra os seus inimigos não pode possuir o amor nem conhecer Deus.
Não sejas nunca violento para com o irmão, nunca o julgues, convence-o na mansidão e no amor. O orgulho e a dureza roubam a paz. Ama, portanto, aquele que não te ama e reza por ele; assim, a tua paz não será perturbada.

Ascenção do Senhor - reflexão...


Santo António (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja

Sermões para o domingo e festas de santos

"Um só Deus, um só Senhor, na trindade das pessoas e na unidade da sua natureza" (Prefácio)

O Pai, o Filho e o Espírito Santo são de uma só substância e de uma inseparável igualdade. A unidade está na essência, a pluralidade nas pessoas. O Senhor indica abertamente a unidade da divina essência e a trindade das pessoas quando diz: "Baptizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". Não diz "nos nomes" mas "no nome", e assim mostra a unidade da essência. Mas emprega em seguida três nomes, para mostrar que há três pessoas.

Nesta Trindade encontra-se a suprema origem de todas as coisas, a beleza perfeitíssima, a beatíssima alegria. A suprema origem, como diz Santo Agostinho no seu livro sobre a verdadeira religião, é Deus Pai, de quem vêm todas as coisas, de quem procedem o Filho e o Espírito Santo. A beleza perfeitíssima é o Filho, a verdade do Pai, que não lhe é dissemelhante em ponto algum, que nós veneramos com o Pai e no Pai, que é o modelo de todas as coisas, porque tudo foi feito por ele e tudo se reporta a ele. A beatíssima alegria é o Espírito Santo, que é o dom do Pai e do Filho; e esse dom, devemos acreditar e defender que é exactamente parecido com o Pai e com o Filho.

Olhando para a criação, chegamos à Trindade de uma só substância. Percebemos um só Deus: o Pai, de quem somos, o Filho, por quem somos, e o Espírito Santo, em quem somos. Princípio a que recorremos, modelo que seguimos, graça que nos reconcilia.

Notícias da Igreja

A vinda de Jesus à Terra