ANIVERSÁRIO DA PARÓQUIA

Aniversário da Paróquia no próximo dia 2 de Fevereiro. Celebração às 19h30 na Igreja. Jantar no Centro Paroquial. Inscrições para o jantar na portaria do Convento (Telf. 226165760).

Madrid 2011

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Domingo da semana VII do Tempo Comum - reflexão...


Marcos 2,1-12:


Dias depois, tendo Jesus voltado a Cafarnaúm, ouviu-se dizer que estava em casa. Juntou-se tanta gente que nem mesmo à volta da porta havia lugar, e anunciava-lhes a Palavra. Vieram, então, trazer-lhe um paralítico, transportado por quatro homens. Como não podiam aproximar-se por causa da multidão, descobriram o tecto no sítio onde Ele estava, fizeram uma abertura e desceram o catre em que jazia o paralítico. Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados.» Ora estavam lá sentados alguns doutores da Lei que discorriam em seus corações: «Porque fala este assim? Blasfema! Quem pode perdoar pecados senão Deus?» Jesus percebeu logo, em seu íntimo, que eles assim discorriam; e disse-lhes: «Porque discorreis assim em vossos corações? Que é mais fácil? Dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: 'Levanta-te, pega no teu catre e anda’? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar os pecados, Eu te ordeno disse ao paralítico: levanta-te, pega no teu catre e vai para tua casa.» Ele levantou-se e, pegando logo no catre, saiu à vista de todos, de modo que todos se maravilhavam e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim!»

Da Bíblia Sagrada

Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (cerca de 345-407), presbítero em Antioquia e depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja

Homilias sobre São Mateus, n° 29

«Por que fala assim?»

Os doutores da Lei diziam: «Blasfema! Quem pode perdoar pecados senão Deus?» Qual é a resposta do Salvador? Terá desaprovado o que diziam? Se Ele não fosse igual a Deus, deveria ter-lhes dito: «Por que me atribuís uma tal pretensão?» [...] Mas não disse nada disso; pelo contrário, confirmou esta afirmação dos seus inimigos. Dar testemunho de si mesmo levanta suspeitas; é melhor que a verdade seja apoiada por outros, que não apenas os seus amigos, mas é ainda melhor se o for pelos seus inimigos. [...] O nosso Mestre tinha demonstrado a Sua força junto dos Seus amigos quando dissera ao leproso: «Quero, fica purificado» (Mc 1,41) e ao centurião: «Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé!» (Mt 8,10). Agora, faz com que sejam os seus inimigos a testemunhar [...].

Mas há aqui, ainda, um outro testemunho da divindade de Jesus Cristo, do facto de Ele ser igual ao Pai. Não somente porque apenas Deus pode perdoar os pecados, mas ainda porque só Ele pode penetrar os pensamentos secretos dos corações. Aqui está escrito: «Jesus percebeu logo, em seu íntimo, que eles assim discorriam; e disse-lhes: «Por que discorreis assim em vossos corações?»» O profeta escreve: «Só Tu conheces o coração dos homens» (2Cr 6,30); «Tu, que perscrutas o íntimo dos corações» (Sl 7,10) [...]; «o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração» (1Sm 16,7). Ao mesmo tempo, Cristo dá uma nova prova da sua ternura: «Por que discorreis [o mal] nos vossos corações?» [...]

«Que vos parece mais fácil: curar um corpo enfermo ou perdoar os pecados de uma alma? A alma é mais elevada; as suas doenças são mais difíceis de curar. Mas, como essa cura é invisível, farei, sob os vossos olhos, uma cura visível, embora menos importante» [...]. Assim, Jesus faz levantar o paralítico e manda-o voltar para casa [...]. Parece dizer-lhe: «Através daquilo que te aconteceu, Eu gostaria de curar estas pessoas, que parecem de boa saúde, mas que, na realidade, têm a alma doente. Mas, visto que não querem, vai tu para tua casa; pelo menos lá, a tua cura dará frutos.»

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